sexta-feira, 20 de maio de 2016

PISA: a pertinência das alterações

Aplicado a partir de 2000 para avaliar a qualidade dos sistemas de ensino em todo o mundo, o PISA (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes) passou por mudanças significativas, uma vez que, a partir de 2015, passou a incluir questões relacionadas com a resolução colaborativa de problemas, competências sociais e bem-estar psicológico.
Andreas Schleicher, diretor de Educação e Competências na OCDE e estatístico alemão envolvido no PISA desde o seu início, considera imperioso ter em conta as mudanças do mundo e as necessidades das pessoas, bem como a preparação dos alunos para ter sucesso na economia do século XXI.

Em entrevista à EdSurge, Schleicher fala sobre a evolução do PISA, defende a importância das avaliações e refere o uso da tecnologia na educação como algo com grande potencial, mas ainda repleto de falsas esperanças, uma vez que “em muitos países, a tecnologia tem piorado os resultados, em vez de os melhorar”. Considera ainda que “muitas das competências tradicionalmente enfatizadas pelas escolas têm-se tornado cada vez menos importantes para o sucesso das pessoas. Por outro lado, são exatamente o pensamento criativo, a resolução de problemas em conjunto e as competências sociais que se têm tornado mais importantes”. Referiu que na última prova PISA foi incluído “um primeiro conjunto de medidas tendo em conta fatores como a resiliência e a motivação” e acrescentou que nem sempre a tecnologia é bem utilizada. Para Schleicher, a tecnologia deve contribuir fortemente para a equidade na educação atenuando as diferenças, mas não tem conseguido fazê-lo. A solução passa, fundamentalmente, por reinventar o ensino e a pedagogia de modo a tornar a aprendizagem mais eficaz.

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