sábado, 25 de maio de 2013

"Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"

No âmbito do Projeto TEIP, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I realizou o fórum "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?". 
Inaugurou-se esta iniciativa com uma mostra de pequenas atividades culturais e artísticas, nomeadamente, dança, música e poesia, protagonizada pelos alunos deste agrupamento.

No sentido de existir inclusão efetiva, sublinhou-se o papel da escola na qualificação das aprendizagens, na oferta de percursos e no encetar estratégias, para que todos se tornem cidadãos ativos e participativos na sociedade. A escola e o meio unem-se para potenciar oportunidades de vida ”Todos diferentes, todos iguais”.



Maria José Casa-Nova frisou este sentir, esclarecendo que “a importância do papel dos professores e da “recontextualização pedagógica” dos alunos, introduzindo-se e socializando-se adequadamente nos saberes escolares, fazendo a ponte entre a escola, a família e a sociedade”.


“Não sabem o quanto me magoam”


O Agrupamento de Escolas de Perafita, no âmbito do Projeto Educativo, levou a palco a peça teatral “Não sabem o quanto me magoam”, adaptada a partir das obras Twelve and Holding e Um Adolescente.
Em cena, despontaram quadros temáticos relacionados com a adolescência, conflitos entre pares, contextos escolares e problemas da sociedade atual.

A representação teatral exigiu muito trabalho e dedicação na preparação, encenação, cenário, expressões, apropriação de falas/texto e indicações cénicas.

Parabéns!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A(s) Artes(s) da Inclusão e do Sucesso

Ontem, mais um virar de página com a realização do festival “As arte(s) da Inclusão e do Sucesso das escolas TEIP, em Castelo Branco.
O pano subiu e os nossos pequenos grandes “artistas”, os alunos, desfilaram talentos e habilidades com “engenho e arte”. Um espetáculo de cultura, em que as áreas artísticas e desportivas tomaram conta do palco, revelando o que de melhor se faz nas escolas TEIP.
As apresentações passaram pelas diversas dimensões da arte da inclusão e do sucesso: batukes e objetos sonoros, bailado acrobático, dramatizações, poesia musicada, dança, grupos corais, orquestras, rap, hip hop, cavaquinhos e espetáculos de percussão.
Ao longo de todo o espetáculo os alunos das diferentes escolas, com entusiasmo e profissionalismo celebraram a vida. Momentos de alegria, emoção contagiaram todos os presentes. O espetáculo terminou com a última escola convocando todos a prece de esperança, e a acreditar que se quisermos, todos, poderemos fazer mais e melhor!
A uma só voz celebrou-se a Escola, a Inclusão, a Educação!
Bem-hajam!



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Agrupamento de Escolas de Pedome - tomada de posse da Direção


Ontem, na tomada de posse da nova direção do Agrupamento de Escolas de Pedome, para o quadriénio,2013/2017, na escola sede. Depois de assinado o documento de posse pelo Director, Fernando Lopes, este fez um pequeno discurso, em que apresentou as linhas de ação/eixos estratégicos que se propõe executar no seu mandato.





















































































Técnico TEIP - o Apoio, a Facilitação e a Diferenciação




“O homem é a criação do desejo e não a criação da necessidade”

Gaston Bachelard

Atualmente, o Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão é constituído por 45 estabelecimentos de educação e ensino, sendo uma escola de referência para a inclusão de alunos cegos e com baixa visão e para a intervenção precoce na infância, integrando ainda unidade de apoio especializado para a educação a alunos com multideficiência.
Constituindo-se desde 2009 como um TEIP e tendo, recentemente, rubricado um contrato de autonomia escolar com o Ministério de Educação e Ciência, este território educativo é, sem dúvida, a construção de um desejo e não apenas o resultado de necessidadesEnquanto coordenador do projeto Excelência (+) Cidadania (+), reconheço que os resultados obtidos são o reflexo de um processo de influência interpessoal da Visão, da Ação e da Autoridade, nos diferentes patamares de organização da escola, bem como dos agentes que gravitam neste espaço escolar. Desta forma, germina entre todos uma ligação, partilha e cooperação, nos diferentes momentos de reflexão das práticas, bem como na assunção das metas e objetivos a atingir e também na monitorização das mesmas.
Cultivando um clima de proximidade entre (e com todos) os agentes educativos, a ação de um técnico de um TEIP, e ainda mais do seu coordenador, deve fundamentar-se em três princípios: o Apoio, a Facilitação e a Diferenciação. Estes estão instituídos na sua relação direta com os alunos e encarregados de educação, na gestão dos projetos escolares com os seus docentes e na assunção da missão da escola com a sua direção, tendo sempre o interesse dos alunos e os bons resultados escolares, inscritos em boas práticas.
Assim, mostro-me consciente de que num TEIP, para além da necessidade de sermos técnicos, devemos desejar ser parte integrante de um território educativo, no qual a sua construção necessita de um postura diferenciada e diferenciadora, assumindo que a nossa intervenção é, antes de mais, um ato de implicação pessoal.
                                                                              Alexandre Favaios
                                                                             Psicólogo
Coordenador do Projeto Excelência (+) Cidadania (+) 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Fórum - "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"

No âmbito do Projeto TEIP, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I dinamizará um fórum destinado a professores e técnicos especializados sobre tema "Inclusão e Qualidade: um binómio compatível?"
Esta atividade decorrerá no dia 24 de Maio de 2013, no auditório da Escola Secundária D. Sancho I, em Vila Nova de Famalicão, com início às 9h00.
A inscrição deve ser feita até ao dia 21/05/2013, através do link: tinyurl.com/forum-inclusao-qualidade

Agrupamento de Escolas de Perafita - representação teatral

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dicas para pais XII


 Hiperatividade

Um vendedor de água, na Índia, tinha dois cântaros que carregava com uma vara sobre os ombros. Um deles era perfeito, sem qualquer falha, e guardava todas as gotas que o homem levava.
O outro tinha uma fenda, que largava água por todo o caminho.
Passados alguns anos, envergonhada pelo seu defeito, a vasilha imperfeita, interpelou o vendedor:
— Por que motivo me manténs, se verto toda a água pelo caminho?
— Olha para a estrada por onde passamos. Desde que te tenho que lanço sementes à terra e todos os anos tenho recolhido as mais belas flores da região, que vendo juntamente com a água. Sem ti não teria sido possível. A tua aparente limitação é uma das tuas maiores capacidades.

Adaptação de um conto de tradição hindu


3% a 5% das crianças em idade escolar no mundo inteiro lutam com problemas de falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Destas, 50% vão continuar a ter dificuldades na idade adulta. Descubra como lidar com estas adversidades e transformá-las em dons.

A Síndrome de Atenção e Hiperatividade

É uma perturbação do desenvolvimento de origem neuropsicológica que gera inatenção, hiperatividade e impulsividade. Esta alteração de comportamento deve ser entendida como um problema de saúde e não como uma questão disciplinar.

 Perguntas-chave que convém fazer para identificar um criança hiperativa

A criança é capaz de ouvir um relato ou uma história sem interromper?
Interrompe as refeições sem motivo aparente?
Muda constantemente de atividade, jogo, brincadeira?
Na ida ao supermercado pega em tudo?
Na escola, fala com os colegas quando não o deve fazer, perturbando o trabalho?


Indicadores

1.    Atenção
Estas crianças: distraem-se com facilidade; têm dificuldade em se concentrarem numa tarefa durante longos períodos de tempo.

2.    Impulsividade
Respondem sem refletir. Exigem a satisfação imediata da sua vontade.

3.    Hiperatividade
Manifestam dificuldade em manter a mesma posição.

4.    Obediência
Aceitam mal as indicações dos pais ou professores.

5.    Capacidades Sociais
Têm mais dificuldade em controlar a sua conduta quando estão com outras crianças do que quando estão sozinhas.

6.    Aprendizagem
Apresentam dificuldades. São lentas e brincalhonas.

7.    Afetividade

Mudam bruscamente de estado de espírito. Revelam imaturidade para a idade. Negam os seus erros ou culpam os outros. Exigem muita atenção. Carecem de auto-confiança.  



 QUESTÕES ESSENCIAIS SOBRE A HIPERATIVIDADE

Quais são as causas da hiperatividade?
As pesquisas revelam que o aparecimento dos sintomas de hiperatividade está ligado à genética.

A hiperatividade desaparece com a idade?
Não. O que pode acontecer é uma modificação dos sintomas, dependendo da evolução da criança, tanto nas partes física como psicológica, afetiva, pedagógica e social. A principal perturbação destas crianças é o défice de atenção e não o excesso de atividade motora. O último desaparece com o tempo, enquanto que o primeiro persiste na idade adulta.

A hiperatividade afeta igualmente rapazes e raparigas com a mesma frequência?
Não. A hiperatividade afeta dez vezes mais as pessoas do sexo masculino.

Que influência tem a hiperatividade no processo de ensino-aprendizagem?
A maioria de crianças hiperativas tem dificuldades na aprendizagem. Os seus problemas de atenção, inquietação e falta de reflexão levam, frequentemente, a um rendimento escolar insatisfatório.

É necessário procurar ajuda médica?
Se houver suspeitas de que a criança possa ser hiperativa, deve recorrer-se a um médico (pedopsiquiatra,pediatra ou neurologista) e a um psicopedagogo.
O tratamento é geralmente mais eficaz se for conduzido por uma equipa de profissionais, que trabalhem em conjunto. O médico fixará o diagnóstico e eventual prescrição farmacológica e o psicopedagogo valorizará o desenvolvimento intelectual, afetivo e social da criança, inserido no respetivo contexto familiar, escolar e social.

Conselhos fundamentais para a vida escolar e doméstica
Como pai ou mãe, poderá ajudar a criança a desenvolver as suas capacidades e a aumentar a sua autoestima. Seguem-se algumas dicas que o poderão auxiliar.

Preste atenção ao seu filho
Ouça-o, fale-lhe com paciência e carinho, explicando-lhe o seu problema e o modo como, juntos, poderão combatê-lo.

Aceite-o como ele é
Estes jovens têm um imenso potencial para crescer e para se desenvolverem.
Não estabeleça, contudo, metas desajustadas para as suas reais capacidades.

Crie um ambiente estruturado
Estas crianças necessitam de rotinas. Em casa, poderá manter-se um horário constante para as refeições, para o banho, para ver televisão, para dormir. Na escola, o professor poderá criar hábitos fixos, como a abertura da lição, escrita do sumário, correcção do TPC, etc.

Comunique-lhe, com antecedência, eventuais alterações no ambiente escolar ou doméstico
Avise o seu filho, com alguma antecedência, de algo diferente que possa acontecer: realização de um trabalho de projeto, ou de uma atividade ao ar livre, visita a um amigo ou familiar, etc.

Mantenha o contacto visual
A atenção destas crianças dispersa-se quando não conseguem olhar nos olhos do interlocutor. Em casa, os familiares poderão ter esse cuidado.

Na escola, o professor poderá organizar a turma em U, para que todos os colegas se possam ver melhor.

Alterne o trabalho sentado com atividades mais físicas
A criança hiperativa poderá fazer pequenos recados e realizar algumas tarefas domésticas, podendo assim despender alguma da sua energia.

Dê ordens simples e breves
É importante que as instruções sejam diretivas e concisas, evitando a dispersão da atenção. É fundamental atribuir uma tarefa de cada vez, estimulando a criança a acabar as
atividades que tem em mãos.

Elogie com frequência
É importante reforçar os comportamentos positivos da criança, por mais insignificantes que possam parecer, aumentando a sua confiança e autoestima.

Ajude a criança a organizar-se
Os pais deverão insistir para que o jovem mantenha a secretária e as suas coisas arrumadas, explicando-lhe que isso facilitará o seu trabalho.

Estabeleça um contrato com a criança
Ex.: Eu, João Maria Fernandes da Cruz, comprometo-me a estudar duas horas diárias, das 18h às 20h. Os meus pais comprometem-se, por seu lado, a deixar-me ver duas horas de televisão ao sábado de manhã.

José Matias Alves
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP

sábado, 4 de maio de 2013

Diálogos interprofissionais para uma intervenção de qualidade nas escolas TEIP

Realizou-se, ontem, em lisboa, o 2º Encontro - Diálogos interprofissionais para uma intervenção de qualidade nas escolas TEIP - para os técnicos que fazem o acompanhamento nestas escolas. Foram oradores Isabel Baptista, UCP, Pedro Calado, programa Escolhas e Diogo Simões, programa EPIS. Mais uma vez, focou-se a importância da intervenção e articulação - com professores, família e alunos - destes profissionais em contexto escolar. No final, os testemunhos dos técnicos que trabalham no terreno sublinharam algumas evidências que encaram como um desafio, na procura de caminhos promotores de uma melhor integração/ inclusão, proporcionando melhores condições para a aprendizagem.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Encontro de Escolas TEIP de Olhão

A Escola Básica 2, 3 João da Rosa foi anfitriã do 1º Encontro de Escolas TEIP de Olhão. Neste evento, organizado pelos coordenadores TEIP, estiveram presentes os diretores de cada um dos agrupamentos de escolas, um representante da DGEstE/DSRAL, as “amigas críticas” e equipas de docentes representativas das várias estruturas de cada unidade orgânica, com o objetivo de promover a partilha de experiências entre os intervenientes.
Os participantes foram divididos em grupos de trabalho, para debater as temáticas Supervisão Pedagógica, Monitorização/Avaliação,Relação Escola/Família/Comunidade, Diferenciação Pedagógica e Análise do Cumprimento das Metas numa Perspetiva de Futuro. No final, os relatores de cada grupo apresentaram as conclusões e foram unânimes em considerar este evento necessário e muito produtivo, pelo que ficou, desde já, agendado novo encontro, para o início de setembro.
Poder-se-á resumir este encontro, citando Mark Twain, «O segredo de progredir é começar. O segredo de começar é dividir as tarefas árduas e complicadas em tarefas pequenas e fáceis de executar, e depois começar pela primeira.».

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O papel do consultor externo TEIP


Ser consultor externo TEIP tem sido um desafio permanente pois tem implicado pensar a prática docente a partir de um ponto de vista externo, numa posição simultaneamente próxima e distante, amiga e crítica – que procura despertar no outro a vontade de experimentar e mudar, reforçando a missão da escola a partir de um plano estratégico.
A consultoria TEIP, no âmbito da equipa do Serviço de Apoio à Melhoria das Escolas da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, desenvolve-se em torno de uma leitura própria de situações-problema e de propostas de trabalho que nem sempre são geradoras de consenso; são estas interpelações que podem fazer evoluir as decisões e as opções próprias.
Por outro lado, a limitação temporal, a dificuldade em reunir uma assembleia mais alargada ou até indisponibilidade de canais de comunicação pode implicar demora na consecussão de propostas de reorganizar o projecto TEIP e enfatizar os eixos essenciais para a prossecução do sucesso escolar dos alunos – evidências que traduzem o exercício de atividades complexas por ambas as partes. O reforço da articulação entre ciclos, através do trabalho conjunto com o currículo e planificação conjunta, a par da entrada em sala de aula em todos os níveis de escolaridade, poderão ser os passos seguintes num processo que ainda vai a meio…
Encontramos junto da maioria dos professores a disponibilidade geradora de processos de diferenciação e de experimentação didática; também as lideranças exercem um papel absolutamente determinante, pela forma como gerem e conduzem as diferentes equipas, pelas opções que assumem nas escolhas de lideranças intermédias,  pela abertura à mudança organizacional e aposta na transformação e, sobretudo, pela sua incansável esperança na missão educativa.



Alexandra Carneiro
SAME, FEP/UCP

Dicas para pais XI


Dislexia


Sim, é bonito, mas onde estão as rodas? — perguntou o pequeno Albert quando viu pela primeira vez Maja, a sua irmã recém-nascida.

Na escola, o rapaz demorava tanto tempo a pensar antes de responder que os professores rapidamente se irritavam. Diz-se que tinha dificuldades de leitura, de escrita e de concentração, o que levou a que muitos nele identificassem a dislexia.

O seu sobrenome era Einstein. Em 1919 tornou-se mundialmente famoso devido ao reconhecimento científico da sua Teoria da Relatividade e em 1921 recebeu o prémio Nobel da Física.

Adaptado de Querido Professor Einstein
Edições ASA

Alunos de inteligência normal, ou até acima da média em determinados campos do saber, poderão ficar presos num quadro de dificuldade de leitura, que poderá ensombrar a sua vida académica e social. É importante conhecer melhor o que é a dislexia, para identificá-la precocemente e aprender a lidar com esta dificuldade específica de aprendizagem.

QUESTÕES FREQUENTES

O que é a dislexia?

É uma perturbação na aprendizagem da leitura e da escrita, que gera dificuldades de distinção ou memorização de letras ou grupos de letras e problemas na ordenação de frases.

A criança com dislexia apresenta dificuldades em organizar as palavras num código verbal.
Quando poderá ser detetada?

Aos 4-6 anos pode já detetar-se alguns indicadores primários da futura dislexia. A deteção precoce afigura- se muito importante para a prevenção dos efeitos de uma dislexia futura.


Ao nível do pré-escolar

Problemas articulatórios.;
Pobreza de vocabulário.;
Dificuldades na compreensão verbal;
Dificuldades na perceção de cores, formas, tamanhos, posições.
Problemas na atenção.
Dificuldade em aprender rimas e canções.
Falta de interesse por livros impressos.

Escolar

Dificuldades na aquisição e automatização da leitura e da escrita .
Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafias semelhantes.
Exs.: a, o – h, n.
Confusão entre letras que representam sons acusticamente semelhantes, como d-t, c-q.
Inversão de sílabas.
Desatenção e dispersão.
Dificuldade em copiar do quadro.
Confusão entre direita/esquerda.
Dificuldade em decorar sequências.

Que tipo de apoio necessita uma criança com dislexia?

Os sintomas atrás indicados podem, por si só, indicar apenas um distúrbio de aprendizagem. Para diagnosticar a dislexia deverá procurar-se ajuda profissional.

Conselhos fundamentais para a vida escolar e doméstica

Os pais deverão respeitar a individualidade da criança e reforçar os seus pequenos êxitos.
Pode surgir com frequência um sentimento de tristeza e de auto-culpabilização, podendo o seu filho apresentar uma atitude depressiva diante das suas dificuldades. A perturbação na leitura e o frequente insucesso escolar podem prejudicar gravemente a autoestima do jovem. Torna-se, por isso, muito importante perceber a sua situação e incentivá-lo.

A leitura em voz alta pode ajudar a criança com dislexia.
Em casa, os pais poderão ler as instruções das questões em voz alta, ajudando a criança a perceber melhor o que se pretende com determinada atividade. A leitura de contos também ajuda a desenvolver as capacidades de leitura e escrita do seu filho.

É imprescindível motivar o seu filho

Estas crianças revelam frequentemente falta de atenção. O grande esforço intelectual que têm de despender para superar as dificuldades de perceção causa alguma fadiga, que, por sua vez, influencia a estabilidade do seu comportamento.
Estabeleça critérios concretos em relação às capacidades reais do seu filho.

Adeque os objetivos de determinado projeto às capacidades da criança.
Avalie os seus progressos em função das melhorias registadas desde a fase inicial do trabalho.
Repita a informação.
Devido aos frequentes problemas de distração dos jovens com dislexia, convém repetir a informação, para assegurar que ela é compreendida.

Dê-lhes tempo para acabar as tarefas

Uma das grandes frustrações relaciona-se com a dificuldade que estas crianças têm em terminar as tarefas.
Deste modo, com mais tempo, o seu filho tenderá a ficar mais motivado e mais confiante nas suas próprias capacidades.
Não se esqueça das dificuldades práticas relacionadas com o problema da dislexia.
Os pais não se podem esquecer de que o seu filho tem uma dificuldade específica de aprendizagem, que pode afetar alguns aspetos do seu dia-a-dia. Ficam aqui algumas destas limitações, para que nelas possam agir a atenção e a compreensão.

Conhecendo-as, pais e filhos, poderão enfrentar melhor esta situação:
confusões com as horas do dia;
enganos acerca dos lugares onde a criança guarda as suas coisas;
tendência para a desordem;
distrações quanto aos horários.

Algumas estratégias que poderão ajudar estas crianças

Reconto de histórias simples.
Recitação de pequenos poemas.
Execução de ordens simples, como o levantar do pé/mão esquerda/direita, para desenvolver a lateralidade.
Realização de exercícios para distinção de letras – p/q; b/d; m/n.
Resposta a perguntas sobre o horário escolar.
Treinos de leitura.

A dislexia e a avaliação

No processo de avaliação da criança disléxica, é aconselhável pôr a tónica na oralidade, uma vez que é o domínio em que ela tem mais sucesso.

Isto não implica, contudo, que não se deva verificar a avaliação escrita.
Neste caso, porém, os erros não deverão ser motivo de penalização, uma vez que são característicos da própria dislexia.



José Matias Alves
Faculdade de Educação e Psicologia da UCP