quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

As palavras e as ideias que ficaram...que podem conduzir à ação!





No fim de mais um "encontro de trabalho em torno do Projecto TEIP e dos seus desafios de implementação, para além das palavras e das ideias partilhadas, importa também destacar os silêncios, isto é, os não dito, as palavras e as ideias que ficaram no íntimo de cada coordenador (a) TEIP ou cada Diretor (a). Porque se acredita e se deseja que estas possam ainda vir a ganhar corpo, sentido e significado, através da continuidade e alargamento desta reflexão em cada Território. Já que será aí, entre os seus e com os seus, que se poderá construir um projeto TEIP que se pretende, de e com sucesso para todos (as)."

(Liliana Pires. Consultora externa do Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara 
 Fânzeres - Gondomar )


Organização escolar, percursos e desafios …

José Verdasca, Professor da Universidade de Évora, e consultor externo do Programa TEIP, elaborou uma reflexão na senda de "ações e práticas organizativas escolares de geometria variável, redesenhadas e monitorizadas em permanência, colocando o aluno no centro das conceções organizativas".

"O que pode cada escola fazer para melhorar a qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares dos seus alunos e simultaneamente não perder nenhum aluno constitui o permanente desafio de cada comunidade escolar. Temos hoje a forte convicção que a construção pela escola dos processos de melhoria constante requer ações e práticas organizativas escolares de geometria variável, redesenhadas e monitorizadas em permanência, colocando o aluno no centro das conceções organizativas.
É no contexto das ações e das práticas escolares potenciadoras de processos de ensino que conduzem à melhoria das aprendizagens dos seus alunos e de uma comunidade escolar comprometida e vinculada com o princípio da qualidade educativa na universalidade, que a escola trilha os caminhos da melhoria escolar eficaz e da eficiência.
No essencial, estes processos de melhoria escolar eficaz requerem tempos de partilha e discussão aberta entre escolas para disseminação de conhecimento produzido contextualmente sobre (as suas) práticas de gestão curricular e diferenciação pedagógica, aprofundamento didático e metodológico, gestão dos grupos, organização do tempo, mapas de vidas, pedagogias preventivas, tutorias e trabalho cooperativo interpares, avaliação formativa da, para e como aprendizagem, monitorização e governação.
O processo de desarrumação e (re)arrumação escolar baseia-se em novas conceções organizativas e tem implicações diretas e imediatas nas condições escolares de ensino e aprendizagem, nomeadamente, no plano da diferenciação pedagógica e no apoio direto e individualizado a alunos, de acordo com as suas necessidades e capacidades, por forma a desenvolver em cada um hábitos e métodos de trabalho apropriados, bem como uma maior autoestima escolar.
A ‘tecnologia intensiva’ representa muito provavelmente a resposta organizacional a um conjunto de diferentes contingências e passa a depender da natureza e da variedade do problema a enfrentar, a qual nem sempre pode ser antecipada e corretamente conhecida. Não que ela se sobreponha a outros domínios bem centrais como os da didática, da avaliação (formativa) ou da relação pedagógica, mas porque potencia o desenvolvimento daquelas em condições mais à medida das necessidades sinalizadas. Neste tipo de tecnologia, em que a coordenação se tende a processar por ajustamento mútuo, estabelece-se uma interdependência recíproca e a incerteza acaba por residir no próprio problema, dada a flexibilidade da resposta. Por exemplo: cada geração de alunos que inicia um ciclo de estudos não tem necessariamente de ser decomposta em unidades de grupo-turma de imutabilidade definitiva, por mais argumentos que se possam invocar. E muito menos permanecer sujeitos a ‘terapias pedagógicas’ idênticas como se fossem um só (aluno). É nesta possibilidade de organizar à medida e de agir preventivamente relativamente a cada aluno que residirá uma boa parte do processo da melhoria escolar. "(José Verdasca, Professor da Universidade de Évora)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Lutar contra a apatia em escola difícil

O professor do ano de uma escola TEIP



Professor José Alves Rocheta dá aulas há mais de 30 anos, 25 dos quais na escola Dr. Azevedo Neves, na Damaia.
Tem "o mundo na sala de aula" e gosta dessa diversidade e dos desafios que a acompanham. (ver)

in, Diário de Notícias, 30 de janeiro de 2013

Não deixar a vida fora da escola


Um texto de Maria José Araújo, consultora externa da rede TEIP, apresenta alguns contributos da expressão artística na "abertura aos sentidos, desafio à inteligência e à sensibilidade, ou seja lições de vida."

"Na escola, a actividade expressiva é primordial, ajuda ao equilíbrio da personalidade e proporciona bem-estar, como podemos comprovar quando deixamos as crianças exprimirem-se em liberdade através da pintura, do desenho ou mesmo quando as observamos chegar ao recreio depois de estarem umas horas sentadas e quietas na sala de aula com o professor a fazer apelo à sua concentração, à sua memória, ao seu raciocínio, moderando todos os seus impulsos de exteriorização e movimento. A aprendizagem das expressões artísticas é um benefício para as crianças, pois constitui a possibilidade de exprimirem em liberdade o seu potencial criativo pessoal, as suas emoções, através de linguagens diferenciadas: a linguagem musical, corporal, dramática, plástica, verbal e escrita. (ver mais)"
Maria José Araújo
Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os Conselhos de Turma não poderiam ser mais úteis? - a visão de Vitor Alaíz

Vitor Alaíz, consultor externo da UCP, que acompanha escolas da rede TEIP teceu algumas considerações e interpelações acerca de como otimizar os conselhos de turma.

"Os  Conselhos de Turma, nomeadamente, os de finais de período letivo, são momentos muito ritualizados, sujeitos a normas rigorosas quanto aos tempos de duração, ao registo de presença dos membros, aos documentos a produzir e respetivos conteúdos. Para tornarmos mais nítida a sua importância, façamos uns cálculos simples, em termos de investimento em horas de trabalho.
Numa escola com 40 turmas de E.B 2,3 + SEC e CT de duas horas cada, 80 horas de reuniões. Admitindo que cada CT tem cerca de 10 professores, teríamos nesta escola 800 horas de trabalho de corpo docente. Isto não falando no trabalho preparatório e no trabalho posterior, sobretudo do diretor de turma.
Perguntamos: os CT têm um impacto pedagógico correspondente ao investimento em horas de trabalho? Não se poderá, em cada escola, aligeirar a dimensão administrativa dos CT? E, sobretudo, do ponto de vista pedagógico, não se poderia acabar com a minuciosa descrição das dificuldades dos alunos e analisar antes o que de positivo se conseguiu ao longo dos dois ou três meses que dura um período letivo?
Discute-se e regista-se quais as estratégias pedagógicas que deram resultado? Quais as articulações verticais que se tentarão concretizar no período seguinte? Quais as melhorias, quais as inovações a introduzir na ação pedagógica? " (Vítor Alaiz)

7º Encontro da Rede de Escolas TEIP





Hoje, realizou-se o último encontro de diretores e coordenadores das escolas da rede TEIP de Lisboa.
A sala de aula tem vindo a ocupar um lugar central na reflexão e debate, em torno da melhoria das aprendizagens. 

 Enunciaram-se algumas das práticas em curso, designadamente:
-A abertura da sala entre professores  sob o lema "Passa  na minha sala de aula e dá-me a tua opinião";
-Prática de uma avaliação formadora, reguladora e partilhada desencadeadora da melhoria das aprendizagens;
-Conversas pedagógicas, uma das rotinas qualificantes, que acontecem, semanalmente, e que desencadeiam o gosto pela reflexão e partilha das estratégias de ação.

Finalmente, a voz de uma das escolas que recentemente integrou o programa TEIP:  "refletir e pensar a Escola é sempre o primeiro passo para uma mudança positiva".

Vontade, entusiasmo, reflexão, partilha, resiliência e liderança na proximidade da ação, é o que destaco como mais relevante nesta última sessão.








Testemunho - a visão da consultora


Fruto dos encontros realizados entre as escolas da rede TEIP, têm surgido muitos testemunhos de boas práticas.
Assim, deixamos aqui o registo realizado por uma consultora externa da Escola Superior de Educação de Setúbal, Carla Cibele.
"1. A escola pública tem genericamente o dever de criar mais oportunidades de aprendizagem para os estudantes que delas precisam para alcançar o sucesso escolar. No caso dos Territórios Educativos de Educação prioritária, já por si uma medida de discriminação positiva, essa questão é central e absolutamente prioritária. Por circunstâncias várias nem todos os estudantes são capazes de aprender do mesmo modo e dentro do tempo estipulado, o que exige da instituição uma reorganização do modo como ensina e presta o apoio educativo necessário, implicando quase invariavelmente que se possa conceder mais tempo na escola e ajuda mais efectiva aos que dela precisam. 
2. A monitorização dos resultados é um processo constante nos agrupamentos de escolas TEIP, se isso é fundamental e criou rotinas da maior importância, também gerou uma constante pressão junto dos professores.  Acresce que os docentes nestes agrupamentos já trabalham com uma população estudantil que muito exige deles. Assim, se não é conveniente aligeirar os processos de avaliação de resultados, é importante que a gestão possa investir em processos que são por um lado de reconhecimento dos docentes pelo seu esforço e empenhamento no âmbito das várias medidas TEIP e, por outro, na criação de um clima positivo que se reforça através de dinâmicas de partilha de experiências educativas e de comunhão e festa sempre que isso se afigure adequado, nomeadamente nos tradicionais momentos de celebração colectiva." (Carla Cibele)

domingo, 27 de janeiro de 2013

TEIP - Frazão_ Pequenos Passos... grande passo


(Mais imagens no Terrear)


Imagens de uma sessão no salão nobre da Câmara Municipal de Paços de Ferreira para no espaço público apresentar projetos de promoção das aprendizagens. Na presença do presidente da Câmara foram apresentados os quatro eixos organizadores da ação e as 17 ações em curso. 
No final, enquanto representante da UCP, a oportunidade para sublinhar 10 ideias:
1
"Pequenos passos.. grande passo". A educação como exercício de persistência. de paciência, de rigor e de lentidão.
2
Ações focalizadas nas aprendizagens dos alunos. Mas também dos professores (só ensinamos bem, quando nos dispomos a aprender sempre), dos funcionários e dos pais. E assim superando os velhos dilemas: ensino centrado no aluno ou no professor; centrado no currículo ou nos alunos; ou...
3
Compreender os mecanismos produtores do in_sucesso. Convocar todos os que têm uma palavra decisiva a dizer e uma obra a construir. Os alunos, em primeiro lugar. Mas também cada professor, a equipa docente, a escola enquanto organização, os pais, a sociedade. Todos somos imprescindíveis num novo compromisso com a educação.
4
Centralidade do currículo, do que é preciso fazer aprender. Daí a importância das articulações verticais (mas também horizontais).
5
Construir mais comunidade, mais projetos comuns, mais trabalho colaborativo. Mas para isso a imperatividade da confiança. E ela só surge se nos conhecermos. Daí a importância do encontro. do objeto comum, do espaço e do tempo.
6
Fénix. Um projeto que conjuga uma tecnologia organizacional - ma gramática escolar - e uma didática atenta à pessoalidade de cada aluno.
7
A importância da família no reconhecimento do valor da educação e do conhecimento, e do papel imprescindível dos professores. Esta atenção (esta dedicação) pode ser mais importante do que uma continuada presença física nas escolas.
8
O valor de um projeto que nos devolve a alegria de ser professor num tempo de elevada disforia. Um projeto que ajuda a reconstruir uma identidade profissional ferida.
9
Um território educativa que pensa, interage, sente, implica, convoca. Não desiste de inventar e de praticar dias mais claros.
10
Um projeto Atena que faz da avaliação a porta de entrada para uma renovação das práticas pedagógicas.

Estes os dez signos que enunciei no termo da sessão e que mereceram o reconhecimento e o aplauso. Sabendo que há muito trabalho a fazer. Mas sabendo também que a realidade pode ser um pouco melhor porque nós coexistimos.



A Crónica de Miguel Santos Guerra: 



Me preocupan las actitudes sádicas en la educación. Me repugna la crueldad. El sádico hace daño intencionadamente a los demás, pero también se lo hace, probablemente sin querer, a sí mismo. Porque la violencia contra el prójimo que encierra el sadismo, envilece el corazón del agresor. Y, además, genera en los testigos una sensación de miedo y de repulsa. El sadismo lo tiñe todo de dolor y de miseria.


No me gusta que los alumnos y alumnas falten al respeto a sus profesores y menos que se ensañen con ellos haciéndoles la vida imposble. Motes ofensivos, aunque ingeniosos (a un profesor bizco le llamaban Óxido Antimonioso porque la fórmula de ese producto químico es SB203, a otro que lanzaba al hablar pequeñas partículas le apodaron Saliba Va, a una directora bajita y regordeta que caminaba por loa pasillos diciendo chisst, chisst, chisst, la llamaban La Olla Expres, a otro profesor le apodaban el Bikini porque decían que enseñaba todo menos lo principal…), burlas pesadas, amenazas intimidatorias, comportamientos groseros, agresiones de todo tipo… Resulta triste e intolerable. ¿Por qué hacer sufrir a quien tiene la tarea de ayudar y la lleva a cabo cada día con dedicación y esfuerzo.
Recuerdo que, en la escuela irlandesa a la que asistía nuestra hija Carla, había una norma que me pareció excelente y que se convirtió para ella en un hermoso hábito: Los alumnos y alumnas debían dar las gracias cada día a sus profesores y profesoras por lo que les habían enseñado. Era frecuente escuchar a los padres y a las madres: ¿le has dado las gracias hoy a tu profesor?
¿Qué decir de la violencia de los padres contra el profesorado? Acabamos de asistir en Vélez Málaga a una intolerable agresión de un padre hacia el profesor de su hijo. Una víctima es el profesor, claro está. Otra víctima de esa agresión es el hijo a quien el padre ha golpeado con su detestable ejemplo. Y víctimas somos todos los testigos de ese menosprecio a quien se dedica a tan decisiva tarea.
Tampoco me gusta ver que los profesores hacen sufrir a los alumnos y alumnas. Comparaciones, bromas, dureza, menosprecio, descalificación… Uno de los instrumentos más propicios para la tortura es la evaluación. Porque la evaluación encierra poder. Hay quien disfruta haciendo difíciles las cosas. E, incluso tendiendo trampas.
Hace algunos años, impartí un curso sobre evaluación eductiva a un numeroso grupo de docentes en la maravillosa ciudad argentina de Ushuaia. Recuerdo que, en el descanso, se acercó a mí una profesora que había acudido al curso con su hija de diez años. Durante nuestras sesiones de trabajo, la niña dibujaba o leía y en los descansos jugaba y hablaba con su mamá y con otras docentes.
Le pregunté a la niña cómo le iba en el cole. Me dijo que regular. Y luego, añadí, mediatizado por las reflexiones que había estado planteando en el curso:
- ¿Qué tal las evaluaciones y exámenes que te hace la profesora?
- Mal. Porque “la seño” nos explica los músculos y luego nos pregunta por los huesos.
No lo pudo expresar de forma más clara y más precisa. La niña denunció de una forma muy gráfica uno de los abusos más frecuentes de la evaluación. Ese afán por hacer difícil lo que podría ser fácil. Esa pretensión de convertir la evaluación en una trampa. 

Hay profesores que disfrutan cuando suspenden a muchos alumnos. No entiendo bien a quien esto hace. Es como si un cirujano se alegrase cuando sale de su quirófano un cadáver. No le considero solo un incompetente sino que también le veo como un desalmado.

No me gusta tampoco ver que unos alumnos y alumnas convierten en víctimas a otros compañeros y compañeras. Me duele verque algunos acuden a la escuela a sufrir el acoso de sus iguales. Hay que tener alma de torturador para convertirse en una amenaza y para provocar un terror permanente en aquellos que, por naturaleza, podrían ser amigos.

Me duele también ver a miembros de equipos directivos que procuran complicarle la vida a los docentes y a los alumnos. No sé si piensan que han caído del cielo con la misión de hacer sufrir a los humanos. ¿Por qué tienen que vivir felizmente las personas? se preguntan. Creo que se creen más importantes si hacen sentir la espuela del mando a quienes consideran sus inferiores jerárquicos. No entienden que la autoridad está ahí para ayudar, animar y cuidar a los demás. Han de ser facilitadores, no torturadores.

.El sadismo lo destruye todo. Esa trama de pensamientos y de acciones que machaca los demás. La escuela debería ser un crisol de relaciones encaminadas al desarrollo emocional. Un laboratorio de comunicaciones asentadas en el respeto. Un entramado de vivencias que hagan patente la dignidad humana.

Pero el sadismo solo encuentra placer en el dolor ajeno. El caso es complicar la vida a los demás. El objetivo es que la otra persona sufra. Da igual cómo. Mientras más, mejor. De ahí nace aquel diálogo retorcido entre un masoquista un sádico.

El masoquista le dice al sádico:
- ¡Pégame, por favor!
Y el sádico contesta:
- ¡Ahora, no!

Al ir hacia la Facultad he escuchado hoy en un programa de radio cómo un periodista contaba la respusta de un alumno a la pregunta siguiente: ¿tú que haces en la escuela? La respuesta me pareció triste y alarmante: Sufrir, sufrir y sufrir.

Hay que reflexionar sobre la urdimbre de relaciones que se teje cada día en la escuela. Hay que ver cómo la estructura organizativa condiciona la comunicación. Y hay que procurar que lo nomotético y lo ididográfico se conjuguen en aras de una convivencia hermosa y feliz.
La escuela, como trasunto de una sociedad democrática, debe albergar una convivencia sentada en el respeto y la dignidad. El poder debe servir a la comunidad, los profesores querer a los alumnos y éstos respetar al profesorado. A convivir se aprende conviviendo.


Quiero brindar a todos los miembros de la comunidad educativa un lema que a mí me ha ayudado mucho en la vida: Que mi escuela sea mejor (hoy diré más feliz) porque yo estoy trabajando en ella.

Fonte

sábado, 26 de janeiro de 2013

O lesson study na formação de professores


"O lesson study é um processo formativo que permite gerar momentos de reflexão sobre os processos de aprendizagem dos alunos e as suas dificuldades (Murata, 2011). Não obstante admitir numerosas variantes e adaptações, inicia-se geralmente com a definição de uma questão de interesse comum por um grupo de professores, estritamente relacionada com as aprendizagens dos alunos. A partir dessa questão, os professores planificam uma aula, preveem dificuldades, antecipam questões passíveis de surgirem durante a aula, formulam estratégias de resposta e elaboram guiões de observação da aula que é lecionada por um dos professores, enquanto os restantes assumem o papel de observadores, tirando notas de campo. Uma vez concluída, a aula é objeto de análise, promovendo-se a discussão e a partilha entre professor e observadores, num processo de aprendizagem profissional que pode conduzir à reformulação do plano da aula e à sua posterior lecionação por outro professor a outros alunos (Murata, 2011). Deste modo, o lesson study promove práticas de trabalho colaborativo, numa interação interpares potenciadora da reflexão sobre a prática, permitindo que “os professores aprendam uns com os outros, partilhando e desenvolvendo em conjunto as suas competências” (Hargreaves, 1998, p. 209)."
(Baptista et al, 2011)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

6º Encontro da Rede de Escolas TEIP - Lisboa

Em 23 de janeiro, realizou-se em Lisboa mais um encontro de redes TEIP – o 6º a nível nacional – em torno do qual se gerou uma discussão viva acerca de estratégias encontradas pelas escolas em resposta às suas comunidades escolares e aos contextos desafiantes em que se inserem.

Neste processo e na apropriação do programa TEIP, há uma meta para além das metas que é mudar uma organização – gestão, flexibilização, diferenciação, motivação, avaliação,…– o que passa pela construção de rotinas qualificantes…cultura de escola.

Coadjuvação em sala de aula


Como temos vindo a referir ao longo deste périplo de Encontros Redes -TEIP, o trabalho cooperativo e a coadjuvação, em contexto de sala de aula, tem sido reiterado por vários intervenientes de diferentes escolas como uma prática promotora da melhoria da qualidade do ensino, favorecendo a aprendizagem dos alunos, especialmente eficaz em contextos marcados por ritmos de aprendizagem diferenciados.
Contudo, as reflexões apontam que o sucesso desta prática depende da vontade/ disponibilidade dos docentes em assumir esta parceria. Como refere Cortelazzo (2000) são inúmeros os fatores que assistem e sustentam esta cultura de trabalho  que tanto podem favorecer o seu desenvolvimento como comprometer a sua eficácia, destacando como principais: o entendimento pessoal, a partilha de valores e a experiência partilhada ou complementar.
Por tudo isto, o desenvolvimento da educação inclusiva implica grandes mudanças organizacionais e funcionais nos diferentes níveis do sistema educativo, na articulação dos diversos agentes educativos, na gestão da sala de aula e dos currículos, assim como do próprio método ensino - aprendizagem (Stainback & Stainback, 1999).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Na rota das Escolas da Rede TEIP - 5º Encontro

No seguimento do trabalho promovido pela EPIPSE, realizou-se, em Lisboa, o 5º Encontro da rede das escolas TEIP.


Mais uma vez, foi um debate de diretores, coordenadores e consultores, em torno do universo escola, na procura de caminhos de inclusão e melhoria da qualidade das aprendizagens.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Escolas públicas preparam melhor os alunos para terem sucesso no superior

“As escolas privadas preparam melhor os alunos para os exames, mas não para terem um bom desempenho na universidade.

(…) As escolas privadas têm grande capacidade para preparar os alunos para entrar, mas o que se verificou é que, passados três anos, estes alunos mostraram estar mais mal preparados para a universidade do que os que vieram da escola pública”, adiantou ao PÚBLICO José Sarsfield Cabral, pró-reitor da UP para a área da melhoria contínua. (…)
Temos alunos que vieram de escolas de província, e que tiveram que resistir a muita coisa e superar muitas dificuldades para chegar ao superior, e que se tornaram alunos excelentes; provavelmente porque já vinham apetrechados com qualidades que um aluno demasiado protegido não tem”, admite Sarsfield Cabral”



(in Público, 18 de janeiro, 2013)

Escola Secundária de Inês de Castro, que se encontra em  11º lugar, é uma escola que integra a rede TEIP.
  

A Festa da Leitura e da Escrita


Nasceram "Pequenos escritores" no Agrupamento de Escolas de Santo António. O trabalho de equipa entre  os professores de apoio às aprendizagens dos alunos do 1º ciclo no âmbito do projeto TEIP com os professores titulares de turma "brilhou" no âmbito da leitura e da escrita. Primeiro foi construída uma coletânea de textos pelos grupos que aderiram ao projeto; depois, três desses textos foram selecionados no concurso lançado pela Ajudaris e foram publicados no livro de homenagem aos "Avós".
Agora ,como nos diz Miguel Torga, "depois da vindima, fica a cepa a sonhar outra aventura".


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Experimentário





“Ao longo dos vários anos vividos e dedicados ao ensino tive como linha diretriz o estabelecimento de uma escola aberta à comunidade promotora de igualdade de oportunidades, na qual o aluno pudesse ser auxiliado no desenvolvimento das suas potencialidades.“
Aldina Pereira, diretora do AE de Mesão Frio


“Treinar competências de observação, raciocínio e de comunicação desde cedo contribui, sem dúvida, para um desenvolvimento mais harmonioso da criança e para a sua literacia nas mais variadas áreas e, em particular, na ciência.
A ciência está à frente dos nossos olhos, ao virar da esquina, invade-nos os sentidos, permite-nos voar e sonhar com um mundo mais justo e perfeito!”
Nuno Santos, coordenador TEIP do AE de Mesão Frio

4º Encontro de Escolas TEIP – Vila Real – conclusões deste encontro



“Entre quem é…” Miguel Torga
“Nós estamos aqui para os receber a todos.”
Este foi o mote com que José Magalhães (diretor do Agrupamento Diogo Cão) iniciou a sua intervenção.

CULTURA DE REFLEXÃO, MONITORIZAÇÃO E DE REORGANIZAÇÃO/GESTÃO DA ESCOLA E DA SALA DE AULA

1. Comunidade educativa envolvida e implicada;
2. Sentido de escuta;
3. Definir objetivos – estabelecer prioridades – agir;
4. Intervir nos primeiros anos de escolaridade;
5. Otimizar os recursos da escola;
6. Lideranças intermédias, as pontes, a proximidade, a implicação e o envolvimento;
7. Trabalho colaborativo e cooperativo;
8. Equipas educativas;
9. Equipas especializadas;
10. PMSE (TurmaMais; Projeto Fénix);
11. Assessorias;
12. Gabinete de promoção do sucesso – excelência;
13. Sala de estudo;
14. Avaliação diagnóstica, formativa e formadora;
15.Supervisão em sala de aula – refletir sobre as práticas letivas;
16.Formação entre pares.

Não há estratégias “milagrosas” – são os professores que perante a sua realidade procuram a melhor resposta – respostas diferenciadas

Rui Trindade, consultor da FPCEUP, reforçou a importância do trabalho colaborativo e de uma cultura de avaliação ”…avaliamos o nosso trabalho para podermos prosseguir o nosso caminho”.

“Precisamos descobrir os talentos escondidos nos nossos alunos”

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

3º Encontro - Na Rota da Rede de Escolas TEIP


Realizou-se, no Porto, o 3º Encontro da rede das escolas TEIP.

O debate que diretores e coordenadores protagonizaram em torno do universo escola criou fortes momentos de partilha e interação:
  1. Problematização e definição de objetivos e metas;
  2. O papel das lideranças de topo e das lideranças intermédias;
  3. Assessorias, grupo turma, codocência, sala de estudo;
  4. Articulação intra e interciclos entre interturmas;
  5. Equipas educativas;
  6. Dimensões organizacionais e pedagógicas, convergindo para uma melhor gestão de sala de aula;
  7. Envolver, implicar, corresponsabilizar professores, alunos e família; 
  8. A importância da música, da dança, do teatro e do desporto como dimensões que influenciam o desenvolvimento integral do aluno;
  9. A avaliação no centro do ensino-aprendizagem como caminho regulador do seu processo;
  10. Formação centrada na prática reflexiva entre pares.
Os alunos do pré-escolar receberam os participantes deste encontro com uma bonita canção. Parabéns!
Agradecemos à direção do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas a simpatia com que nos acolheram.   

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

2º Encontro - na Rota da Rede das Escolas TEIP


O 2ºencontro foi um espaço privilegiado de reflexão e partilha em torno da definição de estratégias e dinâmicas de trabalho colaborativo, bem como o papel da escuta no ensino-aprendizagem.

A importância da leitura, da escrita e a pertinência da literacia – ler a vida no quotidiano –, desde os primeiros passos na escola.

A utilização de códigos linguísticos simples, na comunicação, com os alunos em sala de aula e na relação com os pais/encarregados de educação, como forma de os envolver e aproximar.

Os alunos devem sentir-se implicados com tarefas desafiantes, para que sejam verdadeiros atores no processo de aprendizagem.

José Afonso Baptista, UCP, sublinhou a necessidade de os professores ultrapassarem o isolamento em que cada um vive, destacando o paradigma da colegialidade.

Isabel Cabrita, Universidade de Aveiro, salientou a valorização de uma avaliação formadora/reguladora como promotora da melhoria do ensino e a importância dos professores terem uma atitude reflexiva sobre as práticas em sala de aula e as aprendizagens dos alunos (preparação da aula, observação da aula entre pares e uma reflexão pós-aula).

domingo, 13 de janeiro de 2013

1º Encontro na Rota da Rede das Escolas TEIP



No seguimento do trabalho promovido pela EPIPSE, no acompanhamento às escolas TEIP, aqui fica um apontamento do 1º Encontro de Redes que decorreu ontem, em Matosinhos.

Onde estamos e para onde queremos ir, quais os objetivos e as metas, a importância de reforçar as formas de comunicação interna e externa, para melhor (re)conhecer o trabalho dos diferentes atores.

Refletir, participar, envolver, monitorizar, desconstruir, reformular e agir. A crença de que todos podem aprender mais no compromisso entre a Escola, Família e Comunidade.


Ariana Cosme, perita de FPCEUP, encerrou o encontro com um pensamento do poeta Carlos Drummond de Andrade:

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."


Em breve, teremos o jornal TEIP digital, onde registaremos esta e outras atividades.