quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Jornais de escolas TEIP




Aqui fica pequena amostra dos  jornais dos agrupamentos de escolas TEIP  de Murça e de Mogadouro que apelam à capacidade de leitura e escrita dos alunos, proporcionando leituras críticas, trabalho em equipa e a importância dos afazeres coletivos.

Uma iniciativa que estimula, envolve e informa toda a comunidade sobre acontecimentos do mundo, da cidade, da vila, do bairro…

Agrupamento de Escolas de Paredes



Ver video - escola intercultural.wmv
                   Jornal digital

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Análise sobre o AVEP: pontos fortes e pontos a melhorar




O Agrupamento Vertical de Escolas de Paredes realizou a sua avaliação interna, visando a monitorização e regulação da ação educativa.
A apresentação dos resultados foi levada a cabo no decorrer do seminário “A análise sobre o AVEP: pontos fortes e pontos a melhorar” e constatou-se a existência de aspetos que poderão permitir uma reflexão conjunta, no sentido de perspectivar estratégias de melhorar a qualidade do ensino e o  desempenho profissional de todos.

ver publicação Avaliação Interna - AVEP

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Seminário TEIP - Lisboa



O seminário TEIP com o tema “Caminhos para a Inclusão e para o Sucesso Educativo” realizou-se , desta vez em Lisboa, estando presentes cerca de 300 pessoas.

Seguida da atuação da orquestra geração pelo Agrupamento Miguel Torga, a sessão de abertura contou com a presença do Diretor-Geral da Educação, Diretor Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, Diretora Regional do Alentejo e Diretor Regional do Algarve.


Na conferência Inaugural, o Professor Roberto Carneiro foi brilhante pela oratória e pela aula que nos deu - o verdadeiro Mestre! 


Seguiu-se uma apresentação sobre a realidade dos TEIP pela Coordenadora da EPIPSE, que destacou  a importância da escola se organizar em prol da melhoria das aprendizagens.

Mais uma vez, as escolas TEIP mostraram o que de bom se faz nas escolas públicas, através do testemunho vivenciado por três diretores destas escolas que partilharam situações reais de aprendizagem, evidenciando as boas práticas e a reflexão partilhada com os presentes.

Pedro Calado, diretor do Programa Escolhas, frisou igualmente a importância da escola diversificar as estratégias, criando "mais formas" de aprender, descobrir os talentos de cada um,  na "procura dos Einsteins" que pode haver nos nossos alunos, sejam eles na carpintaria, na pintura ou na medicina...

No mesmo sentido, os representantes das Instituições do Ensino Superior elencaram as questões relacionadas com a organização e gestão da escola e da sala de aula como fulcrais para a aprendizagem, considerando que, no contexto sócio económico em que vivemos, ser Professor e Diretor é difícil.

Na sessão de encerramento, o Professor José Verdasca exaltou a importância de se saber lidar de forma positiva com a diversidade, a necessidade da flexibilização e adaptação do currículo à geração escolar, conciliando a universalidade e a qualidade.





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Provas internacionais no 4º ano


Mais de metade dos cerca de quatro mil alunos do 4.º ano que, em 2011, foram avaliados em provas internacionais a Matemática, Ciências e Leitura não foram além do nível intermédio, o segundo mais baixo em quatro níveis. Apesar deste desempenho, a média geral alcançada por aqueles estudantes fez com que Portugal subisse dos últimos lugares que ocupava em 1995 para o grupo dos 20 primeiros.

 (in Público online 12/12/2012)



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Caminhos para a Inclusão e para o Sucesso Educativo - Seminário TEIP




“Caminhos para a Inclusão e para o Sucesso Educativo” foi o tema do seminário que se realizou no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, no dia 11 de dezembro, contando com mais de 300 participantes.

Após a atuação da orquestra geração pelo agrupamento de Murça, deu-se início à sessão de abertura com a presença do vereador da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e das diretoras regionais do Centro e do Norte.  

Este evento contou com a abertura de Rui Moreira que, na sua conferência, realçou a importância da escola e dos encarregados de educação com papéis diferenciados, dando enfoque às aprendizagens realizadas desde o 1º ciclo.

Neste evento, participaram a Professora Carlinda Leite, a Professora Teresa Sarmento, o Professor Matias Alves e Pedro Calado do "Programa Escolhas”.
Houve ainda o testemunho elucidativo de três directores de escolas TEIP que ressaltaram as boas práticas.  A partilha e a reflexão em torno da melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos foi uma constante ao longo de todo o seminário

A sessão de encerramento contou com a presença do Professor Jorge Adelino, ressaltando o programa TEIP como uma medida estável e pacífica, com resultados globais positivos.   

Seminário TEIP Lisboa

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alargamento do Programa TEIP



O Programa TEIP - Territórios Educativos de Intervenção Prioritária está aplicado em 137 escolas de Norte a Sul do país.

"Das 137 escolas TEIP, 49 situam-se na região de Lisboa e Vale do Tejo e 11 no Algarve. No Norte estão outras 49, o Centro conta com 11 e o Alentejo com 17. No ano lectivo de 2010/11, com 104 agrupamentos, estavam abrangidos 135 mil alunos, cerca de 10% do total de estudantes inscritos no ensino não superior público.

As escolas que entraram no terceiro programa TEIP foram convidadas pelo MEC a integrar a iniciativa. Este programa destina-se a escolas que, para além de se localizarem em meios problemáticos, contam com um elevado número de alunos em risco de exclusão social e escolar. No âmbito desta iniciativa, que abrange sobretudo o ensino básico, são-lhes atribuídos mais recursos humanos.

A última monitorização do programa, efectuada no ano lectivo de 2010/2011, dá conta que este tem contribuído para reduzir o abandono precoce, o insucesso escolar e a indisciplina, embora nesta última vertente se esteja ainda aquém das metas estabelecidas. Também no que respeita às melhorias dos resultados estas têm sido mais visíveis na avaliação interna do que nos exames nacionais."(Público)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012



O evento MOVÍES – Mostra de Vídeos Escolares, é dinamizado na escola Básica dos 2º e 3º ciclo João da Rosa, em Olhão. Tem como objetivo primordial mostrar, divulgar e premiar os vídeos realizados por alunos das escolas básicas e secundárias. Os vídeos visionados na mostra são realizados em contexto escolar, quer seja na disciplina de Cinema, no Programa Juventude-Cinema-Escola, em clubes de cinema ou multimédia ou ainda em projetos regionais/nacionais no âmbito da imagem em movimento. A mostra tem também a finalidade de fomentar momentos de partilha de experiências e de conhecimentos, tais como palestras e workshops, entre os participantes. O evento é coordenado pelo docente Paulo Rodrigues com o apoio de alguns colegas, auxiliado por uma equipa de alunos do sétimo e oitavo ano de escolaridade, extremamente motivados para as atividades.

A última edição sofreu um aumento bastante significativo, envolvendo 522 participantes na soma total das escolas participantes com um total de22 vídeos apresentados. Foram ainda realizados dois workshops por e para alunos e dinamizada uma tertúlia cinematográfica.

Um dos pontos altos desta edição foi a parceria com o Cineclube de Avanca (extensão de Cinema Infanto-Juvenil de Avanca 2011), em que foi possível mostrar aos alunos filmes de animação de realizadores estrangeiros. Pretende-se, na quinta edição o evento, envolver não só os alunos do segundo e terceiro ciclo mas também do 3º e 4º ano de escolaridade do nosso agrupamento.
Ver video aqui

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A escola - prática reflexiva!


“O desenvolvimento profissional vê-se potencializado quando a escola constrói a capacidade de funcionar como uma comunidade profissional de aprendizagem. (...)
Uma escola, configurada como uma comunidade profissional de aprendizagem, estrutura-se em torno dessas dimensões: valores e visão compartilhados, responsabilidade coletiva pela melhoria da educação oferecida, focalizada na aprendizagem dos alunos e no melhor saber-fazer dos professores, colaboração entre o corpo docente, aprendizagem profissional ao nível individual e de grupo mediante uma prática reflexiva colegial, relações de trabalho baseadas em confiança mútua, respeito e apoio. Como tal, a escola tem a capacidade de promover e manter a aprendizagem de todos os profissionais na comunidade escolar com o propósito coletivo de melhorar a aprendizagem dos alunos.”

(Antonio Bolivar, em Profissão: Professor, Revista Pátio Ensino Médio, Dez 2009/Fev 2010, Artmed)
                                                                                                      Sugestão da Professora Ana Magalhães

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Boas práticas - Escolas TEIP



A Direção-Geral da Educação (DGE) tem em curso a iniciativa denominada Webinar. Caracteriza-se pela realização de conferências em linha dirigidas à comunidade escolar, cobrindo diversas temáticas relacionadas com a sua missão.(...)
A iniciativa conta com a presença de especialistas em áreas temáticas de manifesto interesse para as escolas, assim como de professores que darão o seu testemunho relativamente a experiências inovadoras que têm vindo a pôr em marcha nas respectivas comunidades educativas. Espera-se que estes materiais se constituam em instrumentos facilitadores e potenciadores da ação dos docentes dos diferentes níveis de educação e ensino.
No próximo webinar realizar-se-á uma entrevista com dois diretores de Escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária),  concretamente, Agrupamento de Escolas D. Pedro I e Agrupamento de Escolas de Maximinos, cujos resultados nos rankings das suas escolas evidenciaram a existência de boas práticas (AQUI).
Esta entrevista estará disponível no dia 21 de novembro.
Numa lógica de rotatividade,  gostaríamos de aqui poder partilhar exemplos de outras ações promovidas por outros agrupamentos, no sentido de estabelecermos uma rede de partilha e colaboração entre as escolas TEIP.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Workshops temáticos no Fórum Local de Educação no Agrupamento de Escolas de Pedome

As reformas sucessivas na educação, as transformações da sociedade do conhecimento e as diferentes necessidades dos alunos colocam à escola e ao trabalho dos docentes desafios que solicitam respostas cada vez mais complexas e exigentes. Neste sentido, é necessário incentivar políticas de mudança que promovam ambientes educativos saudáveis, isto é, que vejam a escola não só como uma fonte de informação mas sobretudo como um local de motivação e aprendizagem tanto para os alunos como para os professores.
Neste sentido, o Agrupamento de Escolas de Pedome promoveu um Fórum de Local de Educação, com o sub-tema “Práticas de Desenvolvimento Profissional Docente,  inserido na temática “Paradigma de uma Nova Escola - Melhor Escola, Escola Mais Eficaz” do município de Vila Nova de Famalicão.


Este fórum proporcionou (mais) um momento coletivo de partilha de experiências e saberes profissionais, em formato de workshops temáticos, dos quais: expressar´arte, matemática e materiais manipuláveis, a ciência invade a nossa casa, atividade de escrita, à descoberta da ciência por pequenos e graúdos, faça e aprenda, oficina dos afetos e, por último, mais comunicação mais família, onde estiveram presentes quase duas centenas de membros de toda a comunidade escolar. Este fórum teve essencialmente a intenção de promover o desenvolvimento profissional docente e favorecer a aproximação da família à escola, dois pilares determinantes para o sucesso educativo.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Orquestra Geração

A Orquestra Geração teve origem em 2007, com o objectivo de levar música clássica a jovens de classes sociais desfavorecidas. O programa inspirou-se no modelo venezuelano El Sistema. (ver mais)
O projeto Geração nasce de uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e da Câmara Municipal da Amadora cuja pretensão visa diminuir a exclusão social e a desigualdade de oportunidades entre periferias e centros urbanos. Através da música, as crianças e jovens têm oportunidade de voltar a estudar, reforçando as competências de socialização e de motivação, permitindo um contacto enriquecedor com contextos que impulsionam a cultura, abrangendo hoje cerca de mil alunos em Portugal.
Este projeto já faz parte de algumas escolas TEIP,  mobilizando os alunos para aprendizagens de qualidade.  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ranking das escolas


O universo académico, as escolas e os pais/encarregados de educação têm vindo a revelar uma crescente preocupação referente aos rankings das escolas, pois, na verdade, a conclusão de um curso superior continua a ser compensador. Todavia, é preciso atender que a avaliação das escolas não se pode circunscrever exclusivamente a este mecanismo.  
Nesta continuidade, o ranking apresentado pelo jornal Público/Universidade Católica do Porto destapa uma realidade do sistema educativo, quando dá enfoque ao contexto socioeconómico em que a escola se insere. E aqui é de realçar os resultados obtidos por algumas escolas públicas integradas nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária que espelham um percurso que evidencia a melhoria das aprendizagens, traduzida no sucesso educativo.
É importante cada escola olhar para si, fazer um diagnóstico da sua realidade, aferir os seus processos, adotar estratégias e metodologias eficientes, de forma a vislumbrar resultados conducentes aos bons resultados escolares.
Cada vez mais, é tarefa árdua, mas crucial as escolas reconhecerem o seu ponto de partida, monitorizarem o processo de ensino/aprendizagem, calcorreando o trilho com destino ao êxito educativo.   

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Rankings, TEIP’s e Confiança




O desafio que abracei este ano letivo deu-me  a possibilidade de conhecer muitas outras escolas e realidades escolares para além das escolas da rede Fénix.
Começo a conhecer um pouco melhor a realidade da rede das escolas TEIP e questiono-me como podem estas posicionar-se nos melhores lugares dos rankings. A priori, há condições internas mais favoráveis para que estas escolas possam fazer a diferença: a progressiva construção de uma comunidade de profissionais da educação; a existência de equipas multiprofissionais; a disponibilização de recursos adicionais para elevar as oportunidades de aprendizagem.

De facto, nestes estabelecimentos de ensino, professores, diretores, técnicos e demais atores lutam todos os dias por incluir de forma efetiva – o que passa obrigatoriamente por gerar mais e melhor aprendizagem - e combater o abandono escolar.

Manter os alunos ligados à escola é uma condição essencial para elevar as oportunidades de realização pessoal e social através do reforço do conhecimento e de uma socialização e estimulação ativas.  
Bem sabemos que estes são desafios difíceis dada a desafeição face à escola por parte de muitos alunos e face a contextos familiares e sociais tendencialmente caóticos. No entanto, é sempre possível fazer mais e melhor nestas escolas. E em muitas delas há evidências de que é possível combater a fatalidade e o fatalismo.

Como? Convocando os alunos para experiências de aprendizagem que têm mais sentido, implicando as famílias numa lógica de compromisso, envolvendo os professores numa dinâmica de formação na ação, valorizando o conhecimento, que é fator de identidade e de liberdade. Um compromisso que exige, naturalmente, muito trabalho e dedicação.
Pensamos que há razões para que a comunidade que as envolve reconheça e valorize estes esforços. Porque muitas destas escolas fazem um esforço enorme para anualmente subirem alguns lugares na "injustiça" dos rankings.

A Escola Pública pode ser um lugar de qualidade independentemente do público alvo. Um lugar de justiça e de humanidade. Aproveito a oportunidade para registar que algumas escolas TEIP têm bons resultados e celebraram recentemente contratos de autonomia, fruto do trabalho que têm desenvolvido.

Luísa Moreira




Apresentação Programa TEIP3

domingo, 14 de outubro de 2012

Rankings das Escolas!



Como tenho repetido ao longo destes anos, o nosso olhar deve dirigir-se não só para as 100 escolas melhor posicionadas, mas também e sobretudo para as 100 pior colocadas e para todas aquelas cujos resultados estão abaixo do “valor esperado para o seu contexto”. Uma cultura que promove o sucesso dos bem-sucedidos incentiva apenas o olhar para os melhores. Mas essa não é a única cultura que devemos valorizar. Nas escolas em contexto mais desfavorecido estudam muitos milhares de alunos a quem não são proporcionadas boas condições de aprendizagem; pode haver directores e equipas dirigentes que devam ser substituídas logo que possível; há muitos professores que não vêem valorizado o seu desempenho profissional (realizado por vezes em condições muito difíceis); pode haver muito desinteresse por parte das instituições da comunidade local face à situação das escolas…


Da análise destes dados resultam duas conclusões: (i) existe uma elevada influência do contexto cultural e socioeconómico sobre os resultados dos exames; (ii) esta certeza não é nenhuma fatalidade social, porque se trabalha em muitas escolas acima do “esperado”; (iii) urge agir publicamente junto das escolas em maiores dificuldades.

A escola democrática não é apenas a escola aberta a todos; é a escola que promove as aprendizagens e o desenvolvimento por parte de cada um. E esta é a escola que temos de continuar a construir.



Joaquim Azevedo

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ação no ensino e nas aprendizagens



“ (…) - Porque não aprendemos a focar a nossa acção no ensino e nas aprendizagens, ou seja, na pedagogia: lidar com as diferenças sociais, pessoais, de aprendizagem, que são o pão nosso de uma escola aberta a todos e que a todos quer oferecer percursos de qualidade. Focar significa lidar com estas diferenças  com coragem, enfrentando-as e resolvendo-as com rigor, com trabalho árduo de equipas interprofissionais, com lideranças capazes e com persistência; (…)”

Joaquim Azevedo in Liberdade e Política Pública de Educação

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A história de cada um de nós...


“A história de cada um de nós é a de um indivíduo a caminho de ser pessoa. O que nos faz ser pessoa não é o Bilhete de Identidade. O que nos faz pessoas é aquilo que não cabe no Bilhete de Identidade. O que nos faz pessoas é o modo como pensamos, como sonhamos, como somos outros. Estamos, enfim, falando de cidadania, da possibilidade de sermos únicos e irrepetíveis, da habilidade de sermos felizes.” 

Mia Couto

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Roteiro TEIP

Durante esta semana decorreram as reuniões com os diretores das escolas que integram a rede TEIP. Foram momentos em que os diretores tiveram a oportunidade de partilhar a sua visão sobre a escola e o programa TEIP. Projetaram-se as primeiras estratégias de ação para este ano letivo.

Escola do Cerco
Agrupamento de Escolas Marateca e Poceirão

Agrupamento de Escolas Francisco de Arruda


O perigo do relativismo



"O relativismo é uma atitude que alastra livremente, no âmbito das opiniões da pós-modernidade. É uma postura cómoda, face às interrogações que nos coloca a convivência com quem tem outra forma de ver a vida, É cómoda porque, por definição, não toma partido; ou melhor ainda, não toma o partido da confrontação de ideias e do debate público, porque assume como premissa inicial - normalmente de forma inconsciente - o princípio da incomensurabilidade das culturas, e aceita como irredutível o pluralismo das suas interpretações. Esta suposta isenção de juízo torna-a tremendamente atractiva, enquanto ideologia de recurso. Mas é exactamente nesta atracção que reside o seu maior perigo.


O perigo do relativismo está, pois, em dar cobertura ideológica a formas suaves de racismo sem raça, e a práticas geradoras de guetos ou hostis à convivência intercultural. O relativismo dá azo a um tipo de reconhecimento da diferença que, em vez de fomentar a interacção fundada na razão e a negociação com base em cenários que reduzam a exclusão, abre a porta à naturalização das diferenças culturais, à inferiorização e, em última análise à segregação. Leva a que nos entrincheiremos naquilo que consideramos próprio e promove uma solidariedade que se restringe àqueles que nos são culturalmente afins, e não uma solidariedade profunda, baseada no diálogo entre perspectivas alternativas. O problema da diversidade cultural não consiste, apenas, em explicá-la, mas também em geri-la, isto é, assumi-la num projecto integrador e em constante negociação. Mas o relativismo não oferece fundamento suficiente para tal. Coexistir não é conviver, e o relativismo apenas serve o primeiro, embora se apresente como uma saída para o segundo."


Eduardo Terrén (Universidade da Corunha) em "A Educação face aos desafios da pós-modernidade", conferência publicada em «O século da escola - Entre a utopia e a burocracia», Edições ASA, 2001, p. 29/30.